Ria, ria puro e poderoso mar.
Enquanto ri e brinca,
acalma as dores que sinto.
Acaricia incessantemente a pedra,
com suas incasáveis ondas.
Talvez queira acordá-la,
fazê-la sentir toda sua alegria.
Felizmente não durmo como as pedras.
Já não ligo mais para as dores
Suas ondas brincam com elas
Levando-as aos poucos para bem longe.
Sinto paz,
por algumas horas me permite
entrar em seu mundo.
As ondas se defrontam fortemente
e se juntam, formando uma só
e depois de uma explosão,
como uma gostosa gargalhada,
deslizam sobre a pedra (que dorme)
voltando para o mar.
Anne Moraes,
1994
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