sábado, 6 de dezembro de 2008

Destino

Estranho como isso é estranho.
Estranho como entra em minhas entranhas
Estranho como toma posse de mim,
de nós...

É marca-passo, a cada passo,
destino.
Quem se esconde?
Não há onde.
E me leva, me arrasta.

Ora, bate a porta em minha cara.
Ora, me acolhe como nunca antes,
destino.
Indestinado para ser destino.

Muito irônico, irresponsável
Brinca com o irreparável,
até que destroça o que resta.
E quando pensa que nada mais presta,
vem turbilhão arrasador,
Destino consolador.

Anne Moraes,
1996

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