Oh lua,
lua nua.
Sabe tudo que não vejo,
meus mais secretos desejos,
nua lua.
O que sei, que tu não sabes?
O que não sei, que tu não sabes?
Oh lua, radiante nua.
Leve-me para ti,
deseje-me como desejo a ti!
Lua, diga-me,
fale-me ao menos uma vez.
O que fiz para não merecer-te?
O que fiz foi estar aqui?
Errante mortal?
Por que quando te falo, se esconde entre negras nuvens,
como se não quisesse me ouvir?
Oh lua,
traiçoeira nua.
Diga-me, não se cale assim.
Desespera-me acreditar,
que sabes que não preciso estar aí,
para acolher o que não quero aceitar aqui.
Anne Moraes,
1995
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