Adelia querida!
Hoje me fez chorar feito criança sem alento diante de sua "Resposta a Oscar Wilde que impõe o silêncio''.
Quantas vezes nos deparamos com o não querer se mostrar alheio?
Com o outro fechado em sua concha de aço?
Tantos desencontros...
Que dor causa amar e não conseguir entender por que o ser amado não nos permite mergulhar o mais profundo em sua essência até que fiquemos sem ar!
Por que não conseguimos superar os limites, nos elevar?
Amar tanto e tanto e ver o ser a quem queremos tão bem se afastando, se fechando, “precipitadamente emudecendo”.
Como dói querer dizer o que ainda não saiu do casulo dos sentimentos, esse lugar onde geramos e alimentamos o mais puro amor, que só depois, no tempo certo, poderia ser exposto às oscilações da vida.
Mas então, a impaciência é tanta, que o outro já se foi.
Não quis falar, não quis união.
Decidiu continuar um, andando só pela floresta.
O que fazer?
Não podemos senão aceitar tal escolha e seguir amando e tentando entender apesar da desistência precipitada.
Quem sabe no nosso percurso, já mais maduros, encontremos aquele que esteja disposto a nos ensinar quando não formos capazes de entender?
Sem cobranças,
De comum acordo poderemos mutuamente mergulhar.
E, quando emergirmos, falaremos por anos a fio, até que estejamos próximos do rito final, sobre as maravilhas que vimos nesses oceanos que somos nós.
Um comentário:
Sim, querida monitora sensível Anne ... só nos resta aceitar o livre arbítrio do outro ... ah! Dói e demora a passar ... não sei se passa ... sei que o amor que transborda era nosso, não do outro ... daí que há a esperança de alguém ainda desejar (e muito!) recebê-lo! Enquanto isso, cuide de seu jardim e de si, com amor!
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